Por Marco
Sousa
Algumas
denominações evangélicas brasileiras (não são poucas) abominam a teologia. Chegam a elencá-la
na lista dos grandes equívocos da igreja cristã moderna, como sendo ela o “pecadão” que fez o evangelicalismo
errar o alvo.
Sabemos
que existem TEOLOGIAS VENENOSAS capazes
de desgraçar a vida cristã de uma igreja, e de suas famílias, como também
existem TEOLOGIAS SAUDÁVEIS capazes
de curar certas feridas ocasionadas pelos equívocos dos dirigentes religiosos
do evangelicalismo do nosso tempo. Para
se preparar o antídoto perfeito é preciso estudar o veneno. Na atualidade os
venenos teológicos são colocados na mesma prateleira dos bons alimentos que
trazem crescimento e saúde ao rebanho, como resultado da falta de discernimento
desta “era de Laodicéia”. Os escritores que produzem material saudável ao
cristianismo estão lado a lado com os maiores hereges que a história cristã já
viu.
Surge
a pergunta: Como não confundir o antídoto com o veneno e como não se contaminar?
Muito simples, fazendo da Bíblia sagrada a sua ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA. A Bíblia
Sagrada é o único e mais eficaz antídoto contra todo tipo de heresia ou veneno
matador de ovelhas.
O
grande equívoco das lideranças eclesiásticas é esconder a Bíblia Sagrada do
cristão que deseja ser fiel a Deus, não do jeito que a igreja católica a
escondia na idade média. Hoje existem outros artifícios para se esconder o
livro sagrado. Em alguns púlpitos não se pode pregar o evangelho genuíno, pois,
as ovelhas estão acostumadas com ração artificial, nunca conheceram os pastos
verdejantes. O culto foi substituído por shows onde se canta a glória dos
homens e a redução de Deus a um empregado ou mordomo de complexo religioso que
faz a vontade dos fiéis. Em outros lugares os ministros negam a real importância
do sentido original e literal do texto sagrado. Alguns o fazem dizendo que a
letra mata (desviando o texto do seu contexto original). É inegável que o texto
bíblico contém alegorismos, enigmas e aplicações proféticas para a igreja que é
o corpo de Cristo. Estes segredos são facilmente encontradas pelos servos de Deus quando guiados pelo seu Espírito Santo. O vento assopra onde quer... Não há nada que
reparar na revelação dada pelo Espírito Santo. Ela mantém a igreja viva!
Agora que entendemos que a revelação é útil, maravilhosa e edificante, voltaremos ao problema da negação do texto bíblico inspirado: o equívoco supracitado amplia o índice de analfabetismo bíblico dentro
das denominações evangélicas. Este problema seria resolvido se a mente
dos religiosos do nosso tempo compreendesse que a revelação não anula a letra inspirada e que os servos de
Deus estão obrigados a cumprir e a defender aquilo que o texto sagrado manda
fazer, exceto aquilo que Cristo aboliu. Enquanto isto não for entendido e
praticado, cumpre-se o que Paulo disse:
Em
II Coríntios 2:17 Paulo fala dos
fraudadores da Palavra de Deus. Ele utiliza um termo grego que ocorre uma
única vez em todo o Novo Testamento: kapêleuontes. A palavra se aplica aos
comerciantes de vinho que, para aumentar o lucro, adulteravam o produto,
completando suas garrafas com água. Do
mesmo modo muitos pregadores diluem as águas cristalinas da palavra de Deus
com seus conceitos e preconceitos religiosos.
Nunca
foi e nunca será pecado alcançar revelações gloriosas do Espírito Santo na
palavra inspirada ou por meio dos dons espirituais, mas nunca anule o
sentido original do texto bíblico, para que não tenhas que prestar contas
ao seu autor que disse que nem um til se omitirá. Deixe a fonte de águas vivas
da palavra de Deus intacta, ao seu modo original para que Deus dessedente os
outros que virão beber mais tarde. Jamais negocie os valores do cristianismo
bíblico!
Glória ao Pai, Glória ao Filho e Glória ao Espírito
Santo!
Observação
Importante: O texto acima não faz referência e não tece preconceitos
contra cristãos “indoutos” ou sem o domínio completo da leitura e da escrita,
mas sim aponta o equívoco de pessoas que não obedecem ao texto sagrado por não atribuir valor algum a ele.
Ao longo da caminhada cristã conhecemos pessoas
semianalfabetas com fidelidade insuperável nas escrituras, mas também
conhecemos pessoas intelectuais com
vasto capital cultural e desprezo total ao texto inspirado. Isto é vergonhoso e destoa daquilo que Cristo
ensinou!