UM CURIOSO ANIMAL DA BABILÔNIA

TEXTO ADAPTADO


Em 600 aC, sob o reinado do rei Nabucodonosor, um artista babilônico foi contratado para moldar relevos de animais nas estruturas associadas ao Portão de Ishtar. Muitos séculos depois, o arqueólogo alemão Robert Koldewey tropeçou no tijolo de vidro azul e esse portão foi redescoberto em 1899. Os animais aparecem em fileiras alternadas com leões, touros ferozes (rimi ou reems no caldeu) e curiosos dragões de pescoço longo (sirrush). Os leões e touros estariam presentes naquela época no Oriente Médio. Mas, em que criatura os antigos babilônios modelaram o dragão? A mesma palavra, sirrush, é mencionada no livro de Bel e o Dragão, dos Apócrifos. Tanto a descrição lá quanto a imagem nessas paredes desenterradas, que agora estão expostas no Pergamon Museum de Berlim, parecem caber em um dinossauro saurópode. (Shuker, Karl PN, “The Sirrush of Babylon,” Dragons: A Natural History , 1995, pp. 70-73).



O arqueólogo alemão Robert Koldewey, que descobriu o Portão de Ishtar em 1899, cria que o sirrush era um animal real. Em 1918, ele propôs que o dinossauro Iguanodon seria uma combinação mais próxima conhecida do sirrush. Koldewey  argumentou que o dragão babilônico é sempre retratado nas esculturas ou pinturas, em diferentes épocas, com grande riqueza de detalhes e seus traços físicos nunca mudam nestas representações, algo que acontece somente quando o artista se baseia em seres reais. Por exemplo: um leão pintado há dois mil anos é igual a um leão pintado na idade média e é igual a um leão do livro escolar de uma criança. O mesmo acontece com o sirrush pintado na babilônia em diferentes épocas. Ele também argumentou  que o sirrush é mostrado no Portão de Ishtar ao lado de animais reais, o leão e os rimi (auroques), levando-o a especular que o sirrush era uma criatura com a qual os babilônios estavam familiarizados.

Muitos criacionistas seguem o mesmo pensamento de Koldewey e crêem tratar-se de animal real domesticado e tido como sagrado, tal qual a vaca é sagrada na Índia. Assim o muro traria a representação de três animais sagrados para os babilônicos.



Uma cova com leões no tempo de Daniel seria simplesmente um método para castigar os inimigos do rei ou os animais eram sagrados aos olhos dos persas e babilônios? (Daniel participou dos dois reinos). Oferecer um inimigo como jantar a estes "deuses" famintos deveria ser uma honra, mas o anjo do Deus de Daniel esteve na cova para mostrar quem está no controle de todas as coisas...

Em 1899, quando Koldewey descobriu o muro, já não existiam leões e muito menos o gado auroque na Babilônia. Os leões ainda existem em outras partes do mundo, mas o gado auroque alí representado já não existe em nenhum lugar do planeta. Ele foi totalmente extinto em 1627, quando os últimos indivíduos da espécie morreram na Polônia. Provavelmente os sirrush da Babilônia foram extintos em um passado distante do mesmo modo que o gado auroque que também vigiava o grande muro de Nabucodonozor.

A lição que tiramos quando olhamos para as imagens do Portão de Ishtar é que os deuses deste mundo desaparecerão sem deixar vestígio, mas a palavra do Deus que criou todas as coisas permanecerá para sempre.