Por Marco Sousa
INVESTIGAÇÃO CRISTÃ
“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem” - Mateus 7:13,14
A nossa investigação ocorreu com o intuito de verificar a origem de uma famosa iconografia muito utilizada no século XX por católicos e evangélicos brasileiros. O quadro tornou-se alvo da nossa investigação por um motivo inusitado: A ilustração é tipicamente cristã, mas possui um simbolo da maçonaria em destaque.
O famoso quadro intitulado “Os dois caminhos” ou "The Two Ways of Life" foi impresso pela primeira vez em 1856 em Londres, além de ser usado por cristãos, era largamente utilizado por membros da maçonaria.
O famoso quadro intitulado “Os dois caminhos” ou "The Two Ways of Life" foi impresso pela primeira vez em 1856 em Londres, além de ser usado por cristãos, era largamente utilizado por membros da maçonaria.
Há relatos que o quadro era utilizado por pentecostais clássicos e reformados e outras denominações vetaram o seu uso. Aqueles que possuíam o quadro na sala admiravam a forma bíblica com a qual a ilustração retratava a vida cristã em paralelo com a vida ímpia e a recompensa final que será dada a cada modo de vida. Para as famílias leigas (católicas e evangélicas) o triangulo com um olho no centro e o raio de luz representariam a trindade. Obviamente aqueles católicos e evangélicos estavam enganados. A verdade é que o quadro original representa aquele antigo modelo de vida crido pelos antigos calvinistas envolvidos com a maçonaria e a imagem do famoso olho que tudo vê dentro do triangulo é um lembrete de que os homens sempre são observados pelo “Grande Arquiteto do Universo”. O problema é que na maçonaria este título pode referir-se ao Deus dos evangélicos, mas pode referir-se ao "deus" de qualquer nação. Resumindo: O objeto no centro do quadro é um símbolo da maçonaria.
Alguns evangélicos que já utilizavam o antigo quadro, ao tomarem conhecimento do real significado do símbolo e que este estaria misturando os valores do cristianismo com os valores da maçonaria (mescla religiosa) desenharam outro modelo artístico, corrigindo as aberrações. O leitor poderá notar a exatidão dos versículos bíblicos sobrepostos a cada cena. O Cristo da fonte que jorra no calvário não está morto e pendurado na cruz (no início do caminho estreito onde o pecador se lava). Cristo está vivo e saiu de lá. O símbolo da maçonaria não está no topo do novo quadro. O céu está limpo no local em questão, aguardando a segunda vinda de Cristo. Examinar tudo e reter o bem é sempre um exercício cristão.
►Clique aqui para visualizar o quadro “corrigido” por um artista evangélico. Veja em alta resolução (1600px X 1900px). Ao usar a lupa no Google Drive será possível aumentar o arquivo até atingir a resolução mencionada.
O QUE MUDOU NA VIDA REAL?
O cinema, o teatro, a dança, as belas roupas, as festas, os muitos enfeites, todos mudaram de lado, estão (também) no 'caminho estreito'. Aliás, agora, por causa da multidão que aderiu, tiveram que 'alargar' a estrada para caber tanta gente... De forma iconográfica, sejamos sinceros, não dá para retratar atualmente o caminho largo e o estreito.
Não há, pelo menos na estética, nenhuma diferença. Ressalva seja feita: o cassino não mudou de lado. Ainda.
BIBLIOGRAFIA
Bíblia Sagrada Almeida Revista e Corrigida Fiel - ACF - SBTB, 1995.
ALENCAR, Gedeon. Protestantismo tupiniquim: hipóteses sobre a (não) contribuição evangélica à cultura brasileira. São Paulo: Arte editorial, 2005.
ALENCAR, Gedeon. Protestantismo tupiniquim: hipóteses sobre a (não) contribuição evangélica à cultura brasileira. São Paulo: Arte editorial, 2005.