Por Marco
Sousa
Como
no mundo determinista a crença nos mestres humanos é maior do que a crença no próprio Senhor Jesus e nas
palavras dos seus discípulos, e tendo em vista que alguns estudos
sistemáticos da referida vertente teológica citam mais o nome dos mestres deterministas do que o nome glorioso de
Jesus, algumas vezes torna-se necessário transcrever para o papel os "lampejos de luz" ou as "reações certeiras e equilibradas"
(biblicamente falando) de certos
ministros daquela vertente, quando estes não usam de preconceitos religiosos,
subterfúgios ateístas e muito menos de desonestidade intelectual.
Alguns cessacionistas (não são todos) possuem a mania de afirmar que os crentes que fazem uso de
certos dons estariam fazendo teatro, pois em tese eles não existiriam
na atualidade. Esta crença é semelhante à doutrina da expiação limitada, que entra em choque frontal com as escrituras, inclusive em I João2:2. Deus também teria convidado a todos os homens para a salvação (segundo a bíblia sagrada), mas ELE a teria dado apenas a um grupo pequeno de pessoas (segundo as teorias deterministas). Esta prática de isolar textos bíblicos, para tentar (pois não é possível) aniquilar outras verdades bíblicas não funciona para o cristão que examina as escrituras, a história e os fatos reais da vida cristã em comunhão com o Deus vivo que ainda fala na atualidade.
Sendo
assim torna-se necessário expor o conselho de alguns mestres desta vertente, os
quais farão aqui o mesmo papel que Gamaliel
exerceu perante os fariseus, ao aconselhá-los a deixarem os apóstolos em
paz (Vide Atos 5:34-39) - Que entrem
em cena os aclamados ministros protestantes Vincent Cheung e John Piper,
dois grandes expoentes do calvinismo hoje, para defenderem a honra da obra que
o Espírito Santo ainda faz entre os homens, independente de placas denominacionais.
Vincent
Cheung
afirma que a prática do cessacionismo
é um modo de vida em rebelião contra
Deus. (►Confira aqui -
Texto em português) - (► Confira aqui a postagem original em
inglês). O teólogo calvinista defende o uso do dom de línguas no meio
protestante reformado, como nos demais (► Confira aqui - Texto em Inglês - postagem original).
Abaixo
vejamos a tradução de um pequeno trecho do discurso de Vincent Cheung que sai
distribuindo "puxões de orelhas" em seus contemporâneos: "Para me
mostrar que eu sou o errado, eu exigiria que você produzisse um argumento
bíblico que seja tão claro, poderoso, perfeito e infalível quanto o que diz:
"Não proíba falar em línguas" (...) Claro, eu não esperava que
MacArthur se envergonhasse da verdade!"
John
Pipper também deixou o seu "recado estiloso" para uma geração de
crentes que duvidam da continuidade daquilo que Deus ainda faz com maestria nos tempos hodiernos. Confira um trecho da pregação traduzida: “Eu
quero enfatizar aqui, entretanto, que eu não rejeito a validade do dom de
línguas para os nossos dias. É errado insistir que as línguas sejam parte
necessária do batismo do Espírito; não é errado insistir que as línguas sejam
parte possível da experiência hoje. Quando estava no ensino médio eu escutava o
Sr. DeHaan no rádio. Certa manhã, de pé no meu quarto, eu o escutei tentando
argumentar a partir do Novo Testamento que os então chamados dons de sinais,
como línguas, milagres e cura, foram destinados por Deus para chegar ao fim no
encerramento da era apostólica, de maneira que os dons não mais são válidos
para hoje. E tudo que consigo me lembrar dizer comigo mesmo naquela tenra idade
foi: “Sr. DeHaan, tais argumentos não são válidos. Tudo o que você pode ser
capaz de mostrar é que se não há línguas hoje, é porque há possíveis
explicações para isso. Mas nada do que você disse prova que Deus planejou que
estes dons cessassem antes que esta era acabasse”. E agora, após 20 anos de
estudo bíblico e amizade com cristãos carismáticos (pentecostais), eu digo com
mais segurança ainda: Não rejeitemos ou desprezemos nenhum dos dons de Deus,
incluindo as línguas” (► Confira a matéria original).
A
pergunta feita por Cristo "Quando o
filho do homem vier encontrará fé na terra?" parece prever que a
semente da incredulidade seria semeada pelos mestres da igreja moderna. Se o
texto bíblico for tomado em sua literalidade (como querem os calvinistas - cessacionistas)
torna-se necessário avisar-lhes que chegou o tempo profetizado por Paulo, no
qual os grandes mestres humanistas iriam requerer o lugar que pertence somente
ao Espírito Santo e se tornariam senhores da igreja: "Porquanto,
chegará o tempo em que não suportarão o santo ensino; ao contrário, sentindo
coceira nos ouvidos, reunirão mestres para si mesmos, de acordo com suas
próprias vontades" - II Timóteo 4:3
Pela
graça de Deus ainda existe um povo (em diferentes arraiais) sendo tocado
pelos fulgores da glória eterna e pelo sopro do Espírito Santo (ELE sopra onde
quer) e que não depende do humanismo (não confunda com humanitarismo) de certos teólogos, que deveriam ter o título
de "humanólogos", afinal estão sempre em oposição à verdade bíblica de I Coríntios 2:14. A glória de Deus está passando e se cruza com o
caminho dos homens, mas poucos a abraçam...
Glória ao Pai, Glória ao Filho e Glória ao Espírito
Santo!
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
[1] Be Filled with the Spirit - https://www.desiringgod.org/messages/be-filled-with-the-spirit
[2] Cessationism and Speaking in Tongues - https://www.vincentcheung.com/2009/03/22/cessationism-and-speaking-in-tongues/
[3] Cessationism and Rebellion - https://www.vincentcheung.com/2009/03/09/cessationism-and-rebellion/
[4] O título deste texto é (por coincidência) parecido com o título do texto do Pr Ciro Zibordi que pode ser encontrado neste link. (Depois que o texto estava pronto, o fato foi percebido por um leitor - Recomendo a leitura do referido texto).