Certos
preletores consideram errada a prática do profeta ou daquele que fala da parte
de Deus dirigir a palavra ao público na
primeira pessoa como acontece nas profecias em determinadas instituições
cristãs (carismáticas e pentecostais)
do tipo “Meu Servo(...)” ou “Minha Igreja(...)”. Geralmente os críticos que assumem esta posição teológica
trabalham com um pressuposto preconceituoso
e totalmente equivocado, o qual parece (apenas parece) ser apoiado pelo segundo pressuposto apresentado.
O primeiro pressuposto está grifado em
amarelo e o segundo em Vermelho.
Discorreremos sobre cada um deles neste texto.
1
- Segundo o argumento apresentado no item grifado em amarelo, a língua estranha
seria simplesmente o homem falando com
Deus e a comunicação seria de baixo
para cima. Na realidade a experiência carismática
ou pentecostal define que esta comunicação possui sentido duplo, isto
é, acontece de Deus para com os homens
e do homem para com Deus. Se ela
possui sentido duplo e Deus está falando com o homem, a transmissão da mensagem
na primeira pessoa torna-se totalmente adequada, do mesmo modo que um tradutor
transmite em primeira pessoa a
mensagem do preletor oficial de uma palestra.
2
- Existem os argumentos daqueles que dizem: “Nas religiões pagãs as
manifestações místicas se dão com pronunciamentos em primeira pessoa”.
Eu pergunto: O seu Deus tem menos poder do que aqueles?
Israel deveria ter abandonado o Urim
e o Tumim dos tempos bíblicos antigos
ou nunca deveria ter lançado sortes, como
era comum entre o povo de Deus, pelo simples fato dos gentios gostarem de
práticas similares em cultos pagãos? Devemos jogar fora os instrumentos de
percussão como a bateria da igreja pela janela, pelo fato dos cultos pagãos
serem executados ao ritmo de tambores? Creio
que não – O problema é que muitos cristãos querem corrigir seus irmãos
ultrapassando o mandamento bíblico dado aos gentios em Atos 19:20-21.
3
- Os dois vídeos abaixo demonstram os
tipos existentes de variedade de línguas que tem sido presenciados no meio
cristão carismático (pentecostal e renovado). No primeiro o Pastor Luciano
Subirá fala sobre este tema com bastante propriedade e apresenta uma experiência
bastante enriquecedora. No segundo vídeo o Pastor Gesiel Gomes apresenta com
propriedade os três tipos de variedades de línguas existentes no
pentecostalismo clássico.
4
– Trataremos do segundo argumento com o grifo em vermelho. O dom da variedade de línguas pertence exclusivamente
ao novo testamento e para ser utilizado, haveria de estar associado ao dom da interpretação de línguas. Os
autores neotestamentários nunca transcreveram para o texto bíblico do novo
testamento quaisquer interpretações obtidas no momento ao qual a língua estranha
era pronunciada. Logo compará-la com as demais profecias comuns narradas nas escrituras
e não associadas ao dom da variedade de línguas é um tiro no escuro e um
palpite pessoal do preletor.
Que Deus nos abençoe!
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